Conta-se que na antiguidade, os artistas de teatro utilizavam as vistosas folhas da Bardana, como máscaras para cobrir o rosto. Por esse motivo recebeu o nome latino de personatia, já que as máscaras teatrais se chamavam personae. Dioscórides, o grande médico grego do século I, já conhecia os efeitos medicinais da Bardana, bem como o médico londrino do século XVIII John Hill, que acreditou ter encontrado nela a solução para a gota.
A Bardana cresce muito comum nas regiões temperadas da Europa e da América. É uma planta da família das Compostas, que costuma ultrapassar a um metro de altura. Tem folhas muito grandes e vistosas e capítulos florais guarnecidos de pequenos espinhos. Da parte superior saem florezinhas púrpura ou rosadas. A raiz e a folha da bardana contém diferentes princípios ativos com as propriedades:
- Antibiótica - Arctiopicrina é um antibiótico vegetal do tipo glicosídico, muito eficaz contra o estafilococo, germe que causa muitas infecções de pele. Seu uso em forma de cataplasma e compressas é indicado em infecções cutâneas, bem como doenças infecciosas eruptivas (escarlatina, sarampo, etc). Essa ação antibiótica também se dá sobre o aparelho urinário, combatendo cistites e infecções recidivantes.
- Depurativa - sais minerais ricos em potássio e um óleo essencial, fazem da bardana um excelente sudorífico e depurativo, facilitando a eliminação de substancias residuais através da pele.
- Hipoglicemiante - através de sua raiz promove a redução da glicose no sangue, dando bons resultados como complemento ao tratamento da diabetes.
- Tônico capilar - Há quem use a bardana sobre o couro cabeludo (loção ou compressas) com a finalidade de fazer crescer o cabelo. Associando-se a ingestão de chás com a aplicação externa dos mesmos, consegue-se o máximo efeito da bardana na limpeza e embelezamento da pele.
Fonte: Enc.Plantas - 698
Pedáneo Dioscórides*, autor greco-romano, considerado o fundador da Farmacognosia através da sua obra De materia medica, a principal fonte de informação sobre drogas medicinais desde o Século I até ao Século XVIII. Encontra-se dividida em cinco livros. Nela se descrevem cerca de 600 plantas, 35 fármacos de origem animal e 90 de origem mineral, dos quais só cerca de 130 já apareciam no Corpus hippocraticum e 100 ainda são considerados como tendo actividade farmacológica. A sua influência foi enorme até ao século XVIII, existindo inúmeras traduções do grego para um grande número de línguas. Fonte Wkpedia
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