Criada pelo deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS) a Lei Pietro institui a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea. Todos os hemocentros do pais estão engajados no movimento para ampliar a quantidade de doadores de medula óssea.
A Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, que foi criada a partir de homenagem ao filho do deputado que faleceu por não encontrar um doador de medula óssea compatível, ocorre este ano desta segunda-feira (13) a 21/12. Para sensibilizar a população, estão sendo programados inúmeros eventos no país. A Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE) e a Associação dos Amigos do Transplante de Medula Óssea (ATMO) prepararam uma série de atividades, entre elas uma caminhada, que vai acontecer no dia 16.
A Semana de Mobilização foi oficialmente aberta na Corrida e Caminhada que a Fundação do Câncer realizou no dia 13/12, no Aterro do Flamengo. Uma unidade móvel do Hemorio também esteve presente no evento e realizou a coleta de 200 novos cadastros para o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea. Cerca de 1.300 pessoas participaram do evento, cuja renda obtida será revertida para projetos do Instituto Nacional de Câncer – INCA. Ainda no Rio de Janeiro, na quinta-feira, dia 17, uma unidade de coleta móvel do Hemorio, estará na Cinelândia, das 9 às 15 horas realizando o cadastramento e coleta para o Redome – Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea.
Doação de Medula Óssea
O número de doadores voluntários tem aumentado expressivamente nos últimos anos. Em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos. Naquele ano, dos transplantes de medula realizados, apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no Redome. Agora há 1,6 milhão de doadores inscritos e o percentual subiu para 70%. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos registros dos Estados Unidos (5 milhões de doadores) e da Alemanha (3 milhões de doadores). A evolução no número de doadores deveu-se aos investimentos e campanhas de sensibilização da população, promovidas pelo Ministério da Saúde e órgãos vinculados, como o INCA. Essas campanhas mobilizaram hemocentros, laboratórios, ONGs, instituições públicas e privadas e a sociedade em geral. Desde a criação do REDOME, em 2000, o SUS já investiu R$ 673 milhões na identificação de doadores para transplante de medula óssea. Os gastos crescerem 4.308,51% de 2001 a 2009.
Quantos hospitais fazem o transplante no Brasil?
São 61 centros para transplantes de medula óssea e 17 para transplantes com doadores não-aparentados: Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ), INCA, Hospital das Clínicas Porto Alegre, Casa de Saúde Santa Marcelina, Boldrini, GRAAC, Escola Paulista de Medicina - Hospital São Paulo, Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), Hospital AC Camargo, Fundação E. J. Zerbini, Hospital de Clínicas da UNICAMP, Hospital Amaral Carvalho, Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital Sírio Libanês. Fonte: INCA
Importante: um doador de medula óssea deve manter seu cadastro sempre atualizado. Caso haja alguma mudança de informação, a pessoa deve entrar em contato com o REDOME (redome@inca.gov.br ou pelo tel.: 21-3207-5238).
LEI PIETRO – A lei foi criada pelo Beto Albuquerque (PSB/RS), cujo filho, Pietro, faleceu aos 19 anos, depois de 14 meses lutando contra uma leucemia. O presidente Lula sancionou a lei pouco depois da morte, em março do mesmo ano, criando um dispositivo legal para buscar a solidariedade dos brasileiros.
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