segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Aleitamento materno e as plantas

De 1 a 7 de agosto comemorou-se a Semana Mundial do Aeitamento Materno, quando várias entidades e secretarias de saúde e mesmo algumas, ongs promoveram palestras e atividades para desenvolver atividades de sensibilização sobre a importância da amamentação. Amamentar é a primeira e a mais importante ação para o desenvolvimento saudável da criança,  que além de imunizar fortalece  o vínculo fundamental entre a mãe  bebê. No entanto, menos de 40% das crianças menores de seis meses são alimentadas exclusivamente com leite materno, segundo a Organização Mundial da Saúde.
A Organização Mundial de Saúde e a ONU  afirmam que  amamentar bebês  imediatamente depois do nascimento pode impedir muitas mortes neonatal em países em vias de desenvolvimento.  Resultado  de um estudo conduzido em Gana mostram que 16 por cento de mortes neonatais poderiam ter sido impedidos através da amamentação de crianças após o  nascimento. O  cientista  e perito em nutrição neonatal da OMS, Randa Saadeh, afirma que  o "leite  materno confere imunidades naturais ao bebê" e complementa:  " é tudo que a criança precisa. É como a primeira imunização, " explica. " tem todos os fatores imunológicos que poderiam conservar e proteger o  recém-nascido de  doença infecciosa - principalmente diarréia e doença respiratórias agudas." 1 

Durante a gravidez e especialmente durante a lactação, as plantas também podem prestar bons serviços à mulher. Há plantas que fazem aumentar a produção de leite (galactagogas) e outras que as diminuem (antigalactagogas). Nos transtornos da lactação natural, como as fissuras no mamilo e as inflamações mamárias (mastites), a fitoterapia também pode fornecer soluções praticas e seguras. 

Plantas amigas
Galega: galactagoga e antidiabética
As plantas galactagogas favorecem a secreção de leite nas mulheres que amamentam, através da ação estimulante da: Urtiga-maior; Aneto; Alcarávia; Funcho; Manjericão-Roxo; Cominho; Anis e Galega. A Galega (galega officinalis L.) tem sido utilizada empiricamente contra diversos males, como as mordeduras de animais venenosos, embora só nas últimas décadas tenham sido descobertas suas verdadeiras propriedades.  
Experiências realizadas com esta planta, dão conta que elas podem aumentar a produção leiteira das vacas entre 35% e 50%. Nas mulheres lactantes pode-se conseguir bons resultados, embora não tão espetaculares, sendo a  planta  isenta de efeitos secundários sobre a criança lactante. Uma outra descoberta recente sobre a Galega, afirma que ela faz baixar o nível de glicose no sangue dos diabéticos, ainda que os resultados sejam bastante variáveis. Obviamente que essa administração deva ser feita sob supervisão médica.
Fissuras e Mastites
As pequenas ulcerações cutâneas que se formam no mamilo da mãe que amamenta  devem ser tratadas com muita higiene e com algumas plantas, como a Alforfa, Cinoglosso, Açucena e o Morangueiro. As fissuras do mamilo constituem a causa mais importante das mastites (inflamação das mamas) na lactação, que podem chegar a formar um abcesso de pus e obrigar a suspensão da lactação natural. Compressas com a infusão das folhas do morangueiro ou cataplasma com folhas esmagadas embebidas com o suco fresco ou com a decocção da raiz do Cinoglosso, é emoliente e  cicatrizante por seu conteúdo em alantoína, principio ativo que promove a cicatrização das fissuras mamárias.

Fonte: Enc. Plantas, 632

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