quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Frutas exóticas - Akee

Originário da Costa da Guiné, o Akee é  uma planta típica de clima tropical. Tem sua origem na África Ocidental, mas tem atravessado o Oceano Atlântico fazendo no Caribe seu lar.   A sua data exata de chegada é desconhecida, mas acredita-se que os frutos foram transportados para o Caribe por navios negreiros por volta do século 18.   O Ackee, seu  nome comum, é derivado do termo "anke" e "akye-fufuo", que são usados para descrever a fruta na África Ocidental.  O fruto foi nomeado Blighia sapida em homenagem ao famoso capitão William Bligh de Mutiny on the Bounty, que transportou os frutos da Jamaica para a Inglaterra em 1793 [1].

Essa árvore perene pertencente a familia das sapindaceas, crescendo  a uma altura de 10 a 12 metros. Suas folhas são compostas, sendo muito utilizada como árvore de sombra. O fruto é dividido em três seções principais, a vagem, as sementes e a parte comestível, o arillo.

O consumo do Ackee se dá principalmente na Jamaica, Haiti e algumas partes da África Ocidental.   Na Jamaica, a fruta serve como um importante componente de um  prato nacional.   O arilo maduro é cozido, geralmente em água salgada ou  leite, e em seguida, frito. É muito usada na culinária exótica em  doces e bolos, pois serve como substituto das nozes em certas ocasiões.

Seu sabor é adocicado e levemente ácido. O interessante desta fruta é que é tóxica, principalmente quando imatura ou verde; só o arilo, porção esbranquiçada na base da semente, pode ser consumido ao natural e também cozido quando o fruto está maduro, isto é, quando se abre. A parte comestível é oleosa e tem sabor de noz. Suas  sementes não são comestíveis. Por esse motivo tem de se tomar muito cuidado no seu consumo.

O ackee leva de sete a oito semanas para atingir a maturidade, quando  então dobra de tamanho.   Em plena maturidade, os frutos são em forma de pêra e adquiriem  uma cor vermelha ou um tom amarelo com coloração vermelha.  As frutas são seguras para consumo apenas nesta fase. A ingestão de Ackee verdes com o objetivo de fins medicinais ou nutricionais podem dar origem a intoxicações agudas chamada "doença do vômito da Jamaica" ou síndrome hipoglicêmica tóxicos (THS).

Várias partes da árvore ackee tem sido utilizada medicinalmente para expulsar parasitas e de tratar (diarréia grave), disenteria, conjuntivite oftálmica (inflamação dos olhos) e cefaléia.   Mais pesquisas são necessárias para fazer uma recomendação sobre os benefícios terapêuticos da Ackee. Devido à sua toxicidade, a importação desta fruta para os EUA é proibido pelo FDA. 

Fases de maturação do Akee
 

[1]http://www.scq.ubc.ca/, naturalmedicine.com

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